Os Almoádas

Nas montanhas do Atlas, Ibn Tumart iniciou um movimento religioso e, ao agrupar seus partidários contra os Almorávidas, organizou a luta armada para conseguir dominar o Maghrib.

 

 

Sob o comando de Abd al-Mumin, os Almôadas apoderaram-se de Marrakesh e estenderam seu domínio a toda a região berbere e andaluza. Abd al-Mumin proclamou-se califa, o que não fizeram os Almorávidas, de modo a reconstituir uma comunidade religiosa com grande organização política.

 

O califado desapareceu em meados do século XIII com o surgimento dos reinos de Túnis, Tlemcen e Fez. A derrota imposta pelos cristãos espanhóis sobre os Almôadas, na batalha de Las Navas de Tolosa (1212), acelerou o processo interno de desmembramento. 
No princípio do século XV, os cristãos atravessaram o estreito de Gibraltar. Os portugueses estabeleceram-se em Marrocos, e o exército do imperador Carlos V chegou a Túnis.

 

Ao mesmo tempo, ocorria uma retirada cristã no Oriente, em virtude da tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos, em 1453, e sua posterior expansão pelos Balcãs.

 


 

Os Almoádas na Andaluzia

 

 

 

 

Os Almoádas eram um povo árabe que conquistou o controle  da Andaluzia dos Almorávidas, seu inimigo tradicional no norte da África, os Almoádas invadiram a península e reconstruíram pela segunda vez a unidade andaluza, tornando-a independente do Marrocos em 1170  d.C. 

 

Também  foram bem sucedidos em  suas tentativas de conter o avanço cristão, tiveram a maior vitória militar conta o rei de Castela, em Alarcos (1195d.C). Sob a dinastia Almoáda o comércio andaluz floresceu; Sevilha se tornou a capital do mundo islâmico ocidental.

 

Construções do período Almoáda:
esquerda: Torre Giralda, Sevilha na Espanha.
centro: Minarete da mesquita Kutubiya, Marrakesh no Marrocos.
direita: Torre de Ouro em Sevilha na Espanha

No entanto, o fanatismo religioso e a intolerância incondicional alienou a população, além disso, Castela,   Navarra e Aragão se uniram contra os Almoádas, a quem eles derrotaram na batalha decisiva de Al Uqab em 1212 d.C., esta vitória garantiu aos cristãos passagem através do  rio Guadalquivir.

 

Pela terceira vez, em 1224 d.C, a Andaluzia uma vez mais sofreu uma fragmentação política em Taifas, isto frustrou qualquer tentativa de impedir o avanço cristão, as sucessivas conquistas feitas por Castela e Aragão reduziram a Espanha muçulmana aos domínios de Granada.

 

Como um estado vassalo de Castela, a dinastia nasrida de Granada administrou o reino por cerca de dois séculos e meio, embora sua importância política fosse pequena, no comércio e nas artes o califado de  Granada conquistou grande  prestígio. Finalmente,  em 1492  d.C.,  os reis católicos sitiaram a cidade de Granada,  cumprindo o último estágio da reconquista da   Espanha e pondo um fim ao governo muçulmano na península.

 

Fonte: islam.org.br

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