1.Alef, Lam, Mim, Sad.
2.(Eis aqui) um Livro, que te foi
revelado para que não haja receio em teu peito, e para que, com ele,
admoestes os incrédulos, para que seja uma mensagem aos fiéis.
3.Segui o que vos foi revelado
por vosso Senhor e não sigais outros protetores em lugar d'Ele. Quão
pouco meditais!
4.Quantas cidades temos
destruído! Nosso castigo tomou-os (a seus habitantes) de surpresa,
enquanto dormiam, à noite, ou faziam a sesta.
5.Nada imploraram, quando os
surpreendeu o Nosso castigo; não fizeram mais do que confessar,
clamando: Fomos iníquos!
6.Inquiriremos aqueles aos quais
foi enviada a Nossa mensagem, assim como interrogaremos os mensageiros.
7.E lhes enumeraremos as ações
com pleno conhecimento, porque jamais estivemos ausentes.
8.E a ponderação, nesse dia, será
a eqüidade; aqueles cujas boas ações forem mais pesadas, serão os
bem-aventurados.
9.E aqueles, cujas boas ações
forem leve, serão desventurados, por haverem menosprezado os Nossos
versículos.
10.Temo-vos enraizado na terra,
na qual vos proporcionamos subsistência. Quão pouco agradeceis!
11.Criamo-vos e vos demos
configuração, então dissemos aos anjos: Prostrais-vos ante Adão! E todos
se prostraram, menos Lúcifer, que se recusou a ser dos prostrados.
12.Perguntou-lhe (Deus): Que foi
que te impediu de prostrar-te, embora to tivéssemos ordenado? Respondeu:
Sou superior a ele; a mim criaste do fogo, e a ele do barro.
13.Disse-lhe: Desce daqui (do
Paraíso), porque aqui não é permitido te ensoberbeceres. Vai-te daqui,
porque és um dos abjetos!
14.Implorou: Tolera-me até ao dia
em que (os seres) forem ressuscitados!
15.Respondeu-lhe: Considera-te
entre os tolerados!
16.Disse: Juro que, por me teres
extraviado, desviá-los-ei da Tua senda reta.
17.E, então, atacá-los-ei pela
frente e por trás, pela direita e pela esquerda e não acharás, entre
eles, muitos agradecidos!
18.Deus lhe disse: Sai daqui!
Vituperado! Rejeitado! Juro que encherei o inferno contigo e com aqueles
que te seguirem.
19.E tu, ó Adão, habita com tua
esposa o Paraíso! Desfrutai do que vos aprouver; porém, não vos
aproximeis desta árvore, porque estareis entre os transgressores.
20.Então, Satã lhe cochichou,
para revelar-lhes o que, até então, lhes havia sido ocultado das suas
vergonhas, dizendo-lhes: Vosso Senhor vos proibiu esta árvore para que
não vos convertêsseis em dois anjos ou não estivésseis entre os
imortais.
21.E ele lhes jurou: Sou para vós
um fiel conselheiro.
22.E, com enganos, seduziu-os.
Mas quando colheram o fruto da árvore, manifestaram-se-lhes as vergonhas
e começaram a cobrir-se com folhas, das plantas do Paraíso. Então, seu
Senhor os admoestou: Não vos havia vedado esta árvore e não vos havia
dito que Satanás era vosso inimigo declarado?
23.Disseram: Ó Senhor nosso, nós
mesmos nos condenamos e, se não nos perdoares a Te apiedares de nós,
seremos desventurados!
24.E Ele lhes disse: Descei!
Sereis inimigos uns dos outros e tereis, na terra, residência e gozo
transitórios.
25.Disse-lhes (ainda): Nela
vivereis e morrereis, e nela sereis ressuscitados.
26.Ó filhos de Adão, enviamos-vos
vestimentas, tanto para dissimulardes vossas vergonhas, como para o
vosso aparato; porém, o pudor é preferível! Isso é um dos sinais de
Deus, para que meditem.
27.Ó filhos de Adão, que Satanás
não vos seduza, como seduziu vossos pais no Paraíso, fazendo-os sair
dele, despojando-os dos seus invólucros (de inocência), para
mostrar-lhes as suas vergonhas! Ele e seus asseclas vos espreitam, de
onde não os vedes. Sem dúvida que temos designado os demônios como
amigos dos incrédulos.
28.Quando estes cometem uma
obscenidade, dizem: Cometemo-la porque encontramos nossos pais fazendo
isto; e foi Deus Quem no-la ordenou. Dize: Deus jamais ordena
obscenidade. Ousais dizer de Deus o que ignorais?
29.Dize ainda: Meu Senhor só
ordena a eqüidade, para que vos consagreis a Ele, em todas as mesquitas,
e O invoqueis sinceramente. Assim como vos criou, retornareis a Ele.
30.Ele encaminhou alguns, e
outros mereceram ser desviados, porque adotaram por protetores os
demônios, em vez de Deus, pensando que estavam bem encaminhados.
31.Ó filhos de Adão, revesti-vos
de vosso melhor atavio quando fordes às mesquitas; comei e bebei; porém,
não vos excedais, porque Ele não aprecia os perdulários.
32.Dize-lhes: Quem pode proibir
as galas de Deus e o desfrutar os bons alimentos que Ele preparou para
Seus servos? Dize-lhes ainda: Estas coisas pertencem aos que crêem,
durante a vida neste mundo; porém, serão exclusivas dos crentes, no Dia
da Ressurreição. Assim elucidamos os versículos aos sensatos.
33.Dize: Meu Senhor vedou as
obscenidades, manifestas ou íntimas; o delito; a agressão injusta; o
atribuir parceiros a Ele, porque jamais deu autoridade a que digais
d'Ele o que ignorais.
34.Cada nação tem o seu termo e,
quando se cumprir, não poderá atrasá-lo nem adiantá-lo uma só hora.
35.Ó filhos de Adão, quando se
apresentarem mensageiros, dentre vós, que vos ditarão Meus versículos,
aqueles que temerem a Deus e a Ele se encomendarem não serão presas do
temor, nem se atribularão.
36.Aqueles que desmentirem os
Nossos versículos e se ensoberbecerem serão condenados ao inferno, onde
permanecerão eternamente.
37.Haverá alguém mais iníquo do
que quem forja mentiras acerca de Deus ou desmente os Seus versículos?
Eles participarão do que está estipulado no Livro, até que se lhes
apresentem os Nossos mensageiros para separá-los de suas almas e lhes
digam: Onde estão aqueles que invocáveis, em vez de Deus? Dirão:
Desvaneceram-se! Com isso, confessarão que haviam sido incrédulos.
38.Deus lhes dirá: Entrai no
inferno, onde estão as gerações de gênios e humanos que vos precederam!
Cada vez que aí ingressar uma geração, abominará a geração congênere,
até que todas estejam ali recolhidas; então, a última dirá, acerca da
primeira: Ó Senhor nosso, eis aqui aqueles que nos desviaram;
duplica-lhes o castigo infernal! Ele lhes dirá: o dobro será para todos;
porém, vós o ignorais.
39.Então, a primeira dirá à
última: Não vos devemos favor algum. Sofrei, pois, o castigo, pelo que
cometestes.
40.Àqueles que desmentirem os
Nossos versículos e se ensoberbecerem, jamais lhes serão abertas as
portas do céu, nem entrarão no Paraíso, até que um camelo passe pelo
buraco de uma agulha. Assim castigamos os pecadores.
41.Terão o inferno por leito,
cobertos com mantos de fogo. Assim castigamos os iníquos.
42.Quanto aos fiéis, que praticam
o bem - jamais impomos a alguém uma carga superior às suas forças -,
saibam que serão os diletos do Paraíso, onde morarão eternamente.
43.Extinguiremos todo o rancor de
seus corações. A seus pés correrão os rios, e dirão: Louvado seja Deus,
que nos encaminhou até aqui; jamais teríamos podido encaminhar-nos, se
Ele não nos tivesse encaminhado. Os mensageiros de nosso Senhor nos
apresentaram a verdade. Então, ser-lhes-á dito: Eis o Paraíso que
herdastes em recompensa pelos que fizestes.
44.E os diletos do Paraíso
gritarão aos condenados, no inferno: Verificamos que era verdade tudo
quanto nosso Senhor nos havia prometido. Porventura, comprovastes que
era verdade o que o vosso Senhor vos havia prometido? Dirão: Sim! Um
arauto, então, proclamará entre eles: Que a maldição de Deus caia sobre
os iníquos,
45.Que afastam os demais da senda
de Deus, anunciam-na tortuosa e negam a vida futura!
46.E entre ambos haverá um véu e,
nos cimos, situar-se-ão homens que reconhecerão todos, por suas
fisionomias, e saudarão os diletos do Paraíso: Que a paz esteja
convosco! Porém, ainda que eles (os dos cimos) anelem o Paraíso, não
entrarão ali.
47.Mas, quando seus olhares se
voltarem para os condenados ao inferno, dirão: Ó Senhor nosso, não nos
juntes com os iníquos.
48.Os habitantes dos cimos
gritarão a uns homens, os quais reconhecerão por suas fisionomias: De
que vos serviram os vossos tesouros e a vossa soberbia?
49.São estes, acaso, de quem
juraste que Deus não os agraciaria com Sua misericórdia? (Deus dirá a
eles): Entrai no Paraíso, onde não sereis presas do temor, nem vos
atribulareis.
50.Os condenados ao inferno
clamarão os diletos do Paraíso: Derramai por sobre nós um pouco de água
ou algo com que Deus vos agraciou. Dir-lhes-ão: Deus vedou ambos aos
incrédulos,
51.Que tomaram sua religião por
diversão e jogo, e os iludiu a vida terrena! Esquecemo-los hoje, como
eles esqueceram o comparecimento, neste dia, bem como por terem negado
os Nossos versículos,
52.Não obstante lhes temos
apresentado um Livro, o qual lhes elucidamos sabiamente, e é orientação
e misericórdia para os crentes.
53.Esperam eles, acaso, algo além
da comprovação? O dia em que esta chegar, aqueles que a houverem
desdenhado, dirão: Os mensageiros de nosso Senhor nos haviam apresentado
a verdade. Porventura obteremos intercessores, que advoguem em nosso
favor? Ou retornaremos, para nos comportarmos distintamente de como o
fizemos? Porém, já terão sido condenados, e tudo quanto tiverem forjado
desvanecer-se-á.
54.Vosso Senhor é Deus, Que criou
os céus e a terra em seis dias, assumindo, em seguida, o Trono. Ele
ensombrece o dia com a noite, que o sucede incessantemente. O sol, a lua
e as estrelas estão submetidos ao Seu comando. Acaso, não Lhe pertencem
a criação e o poder? Bendito seja Deus, Senhor do Universo.
55.Invocai vosso Senhor humílima
e intimamente, porque Ele não aprecia os transgressores.
56.E não causeis corrupção na
terra, depois de haver sido pacificada. Outrossim, incovai-O com temor e
esperança, porque Sua misericórdia está próxima dos benfeitores.
57.Ele é Quem envia os ventos
alvissareiros, por Sua misericórdia, portadores de densas nuvens, que
impulsiona até uma comarca árida e delas faz descer a água, mediante a
qual produzimos toda a classe de frutos. Do mesmo modo ressuscitamos os
mortos, para que mediteis.
58.Da terra fértil brota a
vegetação, com o beneplácito do seu Senhor; da estéril, porém, nada
brota, senão escassamente. Assim elucidamos os versículos para os
agradecidos.
59.Enviamos Noé ao seu povo, ao
qual disse: Ó povo meu, adorai a Deus, porque não tereis outra divindade
além d'Ele. Temo, por vós, o castigo do dia aziago.
60.Os chefes, dentre seus povos,
disseram: Vemos-te em um erro evidente.
61.Respondeu-lhes: Ó povo meu,
não há erro em mim, pois sou o mensageiro do Senhor do Universo.
62.Comunico-vos as mensagens do
meu Senhor, aconselho-vos, e sei de Deus o que ignorais.
63.Estranhais, acaso, que chegue
uma mensagem do vosso Senhor por intermédio de um homem da vossa raça?
Isto é para admoestar-vos e para que temais a Deus, a fim de que sejais
compadecidos.
64.Porém, desmentiram-no, e o
salvamos, juntamente com os que com ele estava na arca, afogando aqueles
que desmentiram o Nossos versículos, porque constituíam um povo cego.
65.E ao povo de Ad enviamos seu
irmão Hud, o qual disse: Ó povo meu, adorai a Deus, porque não tereis
outra divindade além d'Ele. Não O temeis?
66.Porém, os chefes incrédulos,
dentre seu povo, disseram: Certamente, vemos-te em insensatez e achamos
que és mentiroso.
67.Respondeu-lhes: Ó povo meu,
não há insensatez em mim, e sou o mensageiro do Senhor do Universo.
68.Comunico-vos as mensagens do
meu Senhor e sou vosso fiel conselheiro.
69.Estranhais, acaso, que vos
chegue uma mensagem do vosso Senhor, por um homem da vossa raça, para
admoestar-vos? Reparai em como Ele vos designou sucessores do povo de
Noé, e vos proporcionou alta estatura. Recordai-vos das mercês de Deus
(para convosco), a fim de que prospereis.
70.Disseram-lhe: Vens, acaso,
para fazer com que adoremos só a Deus e abandonarmos os que adoravam
nossos pais? Faze, pois, com que se cumpram as tuas predições, se
estiveres certos.
71.Respondeu-lhes: Já vos
açoitaram a abominação e a indignação do vosso Senhor! Ousareis, acaso,
discutir comigo, a respeito de nomes que inventais, vós e vossos pais,
aos quais Deus não concedeu autoridade alguma? Aguardai, pois, que eu
aguardarei convosco.
72.Salvamo-lo, e a quem com ele
estava, mercê, de Nossa misericórdia, e extirpamos aqueles que
desmentiram Nossos versículos, porque não eram fiéis.
73.Ao povo de Samud enviamos seu
irmão, Sáleh, que lhes disse: Ó povo meu, adorai a Deus, porque não
tereis outra divindade além d'Ele. Chegou-vos uma evidência do nosso
Senhor. Ei-la aqui: a camela de Deus é um sinal para vós; deixai-a
pastar nas terras de Deus e não a maltrateis, porque vos açoitará um
doloroso castigo.
74.Lembrai-vos de que Ele vos
designou sucessores do povo de Ad, e vos enraizou na terra, em cujas
planuras ergueis palácios, e em cujas montanhas cavais moradias.
Recordai-vos das mercês de Deus para convosco e não causeis flagelo, nem
corrupção na terra.
75.Porém, os chefes dos que se
ensoberbeceram, dentre seu povo, perguntaram aos fiéis, submetidos:
Estais seguros de que Sáleh é um mensageiro do seu Senhor? Responderam:
nós cremos em sua missão.
76.Mas os que se ensoberbeceram
lhes disseram: Nós negamos o que credes.
77.E esquartejaram a camela,
desacatando a ordem do seu Senhor, e disseram: Ó Sáleh, faze, pois, com
que se cumpram as tuas predições, se és um dos mensageiros.
78.Então, fulminou-vos um
terremoto, e a manhã encontrou-os jacentes em seus lares.
79.E Sáleh distanciou-se deles,
dizendo: Ó povo meu, eu vos comuniquei a mensagem do meu Senhor e vos
aconselhei; porém, vós não apreciais os conselheiros.
80.E (enviamos) Lot, que disse ao
seu povo: Cometeis abominação como ninguém no mundo jamais cometeu antes
de vós,
81.Acercando-vos licenciosamente
dos homens, em vez das mulheres. Realmente, sois um povo transgressor.
82.E a resposta do seu povo só
constituiu em dizer (uns aos outros): Expulsai-vos da vossa cidade
porque são pessoas que desejam ser puras.
83.Porém, salvamo-los, juntamente
com a sua família, exceto a sua mulher, que se contou entre os que foram
deixados para trás.
84.E desencadeamos sobre eles uma
tempestade. Repara, pois, qual foi o destino dos pecadores!
85.E aos medianitas enviamos seu
irmão Xuaib, que lhes disse: Ó povo meu, adorai a Deus, porque não
tereis outra divindade além d'Ele! Já vos chegou uma evidência do vosso
Senhor! Sede leais, na medida e no peso! Não defraudeis o próximo e não
causeis corrupção na terra, depois de ela haver sido pacificada! Isso
será melhor para vós, se sois fiéis.
86.Não vos posteis em caminho
algum, obstruindo a senda de Deus e ameaçando quem n'Ele crê,
esforçando-vos em fazê-la tortuosa. Recordai-vos de quando éreis uns
poucos e Ele vos multiplicou, e reparai qual foi o destino dos
depravados.
87.E se entre vós há um grupo que
crê na missão que me foi confiada e outro que a nega, aguarda, até que
Deus julgue entre nós, porque Ele é o mais equânime dos juízes.
88.Os chefes que se
ensoberbeceram, dentre o seu povo, disseram-lhe: Juramos que te
expulsaremos da nossa cidade, ó Xuaib, juntamente com aqueles que
contigo crêem, a menos que retorneis ao nosso credo. (Xuaib) retrucou:
Ainda que o deploremos?
89.Forjaríamos mentiras a
respeito de Deus, se retornássemos ao vosso credo, sendo que Deus já vos
livrou dele. É impossível que o abracemos, sem que Deus, nosso Senhor, o
queira, porque nosso Senhor tudo abrange sapientemente, e a Ele nos
encomendamos. Ó Senhor nosso, decide com eqüidade entre nós e o nosso
povo, porque Tu és o mais equânime dos juízes.
90.Mas os chefes incrédulos,
dentre o seu povo, disseram: Se seguirdes Xuaib, sereis desventurados!
91.Então, fulminou-os um
terremoto, e a manhã encontrou-os jacentes em seus lares.
92.Aqueles que desmentiram Xuaib
foram despojados das suas habitações, como se nunca nelas houvessem
habitado. Aqueles que desmentiram Xuaib tornaram-se desventurados.
93.Xuaib afastou-se deles,
dizendo: Ó povo meu, já vos comuniquei as mensagens do meu Senhor, e vos
aconselhei. Como poderei atribular-me por um povo incrédulo?
94.Jamais enviamos um profeta a
cidade alguma, sem antes afligirmos os seus habitantes com a miséria e
adversidade, a fim de que se humilhem.
95.Depois lhes trocamos o mal
pelo bem, até que se constituíssem em uma sociedade e, não obstante,
disseram: A adversidade e a prosperidade experimentaram-nas nossos pais.
Então, de repente, surpreendemo-los com castigo, quando menos esperavam.
96.Mas, se os moradores das
cidades tivessem acreditado (em Deus) e O tivessem temido, tê-los-íamos
agraciado com as bênçãos dos céus e da terra. Porém, como rejeitaram (a
verdade), arrebatamo-los pelo que lucravam.
97.Estavam, acaso, os moradores
das cidades seguros de que Nosso castigo não os surpreenderia durante a
noite, enquanto dormiam?
98.Ou estavam, acaso, seguros de
que Nosso castigo não os surpreenderia em pleno dia, enquanto se
divertiam?
99.Acaso, pensam estar seguros
dos desígnios de Deus? Só pensam estar seguros dos desígnios de Deus os
desventurados.
100.Não é, porventura,
elucidativo para aqueles que herdaram a terra dos seus antepassados que,
se quiséssemos, exterminá-los-íamos por seus pecados e selaríamos os
seus corações para que não compreendessem?
101.Tais eram as cidades, de
cujas histórias te narramos algo: sem dúvida que seus mensageiros lhes
haviam apresentado as evidências; porém, era impossível que cressem no
que haviam desmentido anteriormente. Assim, Deus sigila os corações os
incrédulos.
102.Porque nunca encontramos, na
maioria deles, promessa alguma, mas sim achamos que a maioria deles era
depravada.
103.Depois destes mensageiros
enviamos Moisés, com Nossos sinais, ao Faraó e aos chefes; mas estes se
condenaram, ao rechaçá-los. Repara, pois, qual foi o destino dos
corruptores.
104.Moisés disse: Ó Faraó, sou o
mensageiro do Senhor do Universo.
105.Justo é que eu não diga, a
respeito de Deus, mais do eu a verdade. Sem dúvida que vos trago uma
evidência do vosso Senhor. Permiti, portanto, que os israelitas partam
comigo.
106.Respondeu-lhe: Se de fato
trazes um sinal, mostra-no-lo, se estiveres certo.
107.Então Moisés jogou o seu
cajado, e eis que este se converteu numa autêntica serpente.
108.E mostrou a mão, e eis que
era de um fulgor branco para os espectadores.
109.Os chefes do povo do Faraó
disseram: Sem dúvida que és um mago habilíssimo.
110.(O Faraó disse): Ele pretende
expulsar-vos da vossa terra. Que aconselhais?
111.Responderam-lhe: Retém-no,
juntamente com o seu irmão, e manda recrutadores às cidades.
112.Que tragam todo mago hábil
(que encontrarem).
113.Quando os magos se
apresentaram ante o Faraó, disseram: É de se supor que teremos uma
recompensa se sairmos vencedores.
114.E lhes respondeu: Sim, e vos
contareis entre os mais chegados (a mim).
115.Perguntaram: Ó Moisés,
lançarás tu, ou então seremos nós os primeiros a lançar?
116.Respondeu-lhes: Lançai vós! E
quando lançaram (seus cajados), fascinaram os olhos das pessoas,
espantando-as, e deram provas de uma magia extraordinária.
117.Então, inspiramos Moisés:
Lança o teu cajado! Eis que este devorou tudo quanto haviam simulado.
118.E a verdade prevaleceu, e se
esvaneceu tudo o que haviam fingido.
119.(O Faraó e os chefes) foram
vencidos, e foram humilhados.
120.E os magos caíram prostrados.
121.Disseram: Cremos no Senhor do
Universo,
122.O Senhor de Moisés e de
Aarão!
123.O Faraó lhes disse: Credes
nele sem que eu vos autorize? Em verdade isto é uma conspiração que
planejastes na cidade, para expulsardes dela a população. Logo o
sabereis.
124.Juro que vos deceparei as
mãos e os pés dos lados opostos e então vos crucificarei a todos.
125.Disseram-lhe: É certo que
retornaremos ao nosso Senhor.
126.Vingas-te de nós só porque
cremos nos sinais de nosso Senhor quando nos chegam? Ó Senhor nosso,
concede-nos paciência e faze com que morramos muçulmanos!
127.Então, os chefes do povo do
Faraó disseram: Permitirás que Moisés e seu povo façam corrupção na
terra e te abandonem, a ti e aos teus deuses? Respondeu-lhes:
Sacrificaremos os seus filhos; contudo, deixaremos viver as suas
mulheres e assim seremos os seus dominadores.
128.Moisés disse ao seu povo:
Implorai o socorro de Deus e perseverai, porque a terra só é de Deus e
Ele a dá em herança a quem Lhe apraz dentre os Seus servos. A recompensa
será para os tementes.
129.Disseram-lhe: Fomos
maltratados, antes e depois que tu nos chegaste. Respondeu-lhes: É
possível que o vosso Senhor extermine os vossos inimigos e vos faça
herdeiros na terra, para ver como vos comportais.
130.Já havíamos castigado o povo
do Faraó com os anos (de seca) e a diminuição dos frutos, para que
meditassem.
131.Porém, quando lhes chegava a
prosperidade, diziam: Isto é por nós! Por outra, quando lhes ocorria uma
desgraça, atribuíram-na ao mau augúrio de Moisés e daqueles que com ele
estavam. Qual! Em verdade, o seu mau augúrio está com Deus. Porém, a sua
maioria o ignora.
132.Disseram-lhe: Seja qual for o
sinal que nos apresentares para fascinar-nos, jamais em ti creremos.
133.Então lhes enviamos as
inundações, os gafanhotos, as lêndeas, os sapos e o sangue, como sinais
evidentes; porém, ensoberbeceram-se, porque eram pecadores.
134.Mas quando vos açoitou o
castigo, disseram: Ó Moisés, implora por nós, de teu Senhor, o que te
prometeu; pois, se nos livrares do castigo, creremos em ti e deixaremos
partir contigo os israelitas.
135.Porém, quando os livramos do
castigo, adiando-o para o término prefixado, eis que perjuram!
136.Então, punimo-los, e os
afogamos no mar por haverem desmentido e negligenciado os Nossos
versículos.
137.Fizemos com que o povo que
havia sido escravizado herdasse as regiões orientais e ocidentais da
terra, as quais abençoamos. Então, a sublime promessa de teu Senhor se
cumpriu, em relação aos israelitas, porque foram perseverantes, e
destruímos tudo quanto o Faraó e o seu povo haviam erigido.
138.Fizemos os israelitas
atravessar o mar, e eis que encontrando (depois) um povo devotado a
alguns de seus ídolos, disseram: Ó Moisés, faze-nos um deus como os seus
deuses! Respondeu-lhes: Sois um povo de insipientes!
139.Porque em verdade, tudo
quanto eles adorarem aniquilá-los-á, e em vão será tudo quanto fizerem.
140.Disse: Como poderia
apresentar-nos outra divindade além de Deus, uma vez que vos preferiu
aos vossos contemporâneos?
141.Recordai-vos de quando vos
livramos do povo do Faraó que vos infligia os piores castigos,
sacrificando os vossos filhos e deixando com vida as vossas mulheres;
naquilo tivestes uma grande prova do vosso Senhor!
142.Ordenamos a Moisés trinta
noites (de solidão), as quais aumentamos de outras dez, de maneira que o
tempo fixado por seu Senhor foi, no total, de quarenta noites. E Moisés
disse ao seu irmão Aarão: Substitui-me, ante meu povo; age de modo
correto e não sigas a senda dos depravados.
143.E quando Moisés chegou ao
lugar que lhe foi designado, o seu Senhor lhe falou, orou assim: ó
Senhor meu, permite-me que Te contemple! Respondeu-lhe: Nunca poderás
ver-Me! Porém, olha o monte e, se ele permanecer em seu lugar, então Me
verás! Porém, quando a majestade do seu Senhor resplandeceu sobre o
Monte, este se reduziu a pé e Moisés caiu esvanecido. E quando voltou a
si, disse: Glorificado sejas! Volto a Ti contrito, e sou o primeiro dos
fiéis!
144.Disse-lhe: Ó Moisés, tenho-te
preferido aos (outros) homens, revelando-te as Minhas mensagens e as
Minhas palavras! Recebe, pois, o que te tenho concedido, e sê um dos
agradecidos!
145.Nas tábuas prescrevemos-lhe
toda a classe de exortação, e a elucidação de todas as coisas, (e lhe
dissemos): Recebe-as com fervor e recomenda ao teu povo que observe o
melhor delas. Logo, vos mostrarei a morada dos depravados.
146.Afastarei do Meus versículos
aqueles que se envaidecem sem razão, na terra e, mesmo quando virem todo
o sinal, nele não crerão; e, mesmo quando virem a senda da retidão, não
a adotarão por guia. Em troca, se virem a senda do erro, tomá-la-ão por
guia. Isso porque rejeitaram os Nossos sinais e os negligenciaram.
147.Quanto àqueles que
desmentiram os Nossos versículos e o comparecimento na outra vida, suas
obras tornar-se-ão sem efeito. Acaso, esperam alguma retribuição, exceto
pelo que houverem feito?
148.O povo de Moisés, em sua
ausência, fez, com suas próprias jóias, a imagem de um bezerro, que
emitia mugidos. Não repararam em que não podia falar-lhes, nem
encaminhá-los por senda alguma? Apesar disso o adoraram e se tornaram
iníquos.
149.Mas, quando se aperceberam de
que estavam desviados, disseram: Se nosso Senhor não se apiedar de nós e
não nos perdoar, contar-nos-emos entre os desventurados.
150.Quando Moisés voltou ao seu
povo, colérico e indignado, disse-lhes: Que abominável é isso que
fizestes na minha ausência! Quisestes apressar a decisão do vosso
Senhor? Arrojou as tábuas e, puxando pelo cabelo seu irmão, arrastou-o
até si, e Aarão disse: Ó filho de minha mãe, o povo me julgou débil e
por pouco não me matou. Não faças com que os inimigos de regozigem da
minha desdita, e não me contes entre os iníquos!
151.Então (Moisés) disse: Ó
Senhor meu, perdoa-nos, a mim e ao meu irmão, e ampara-nos em Tua
misericórdia, porque Tu és o mais clemente dos misericordiosos!
152.Quanto àqueles que adoraram o
bezerro, a abominação de seu Senhor os alcançará, assim como o desdém,
na vida deste mundo. Assim castigaremos os forjadores.
153.Quanto àqueles que cometem
torpezas e logo se arrependem e crêem, fica sabendo que Teu Senhor é,
depois disso, Indulgente, Misericordiosíssimo.
154.Quando a cólera de Moisés se
apaziguou, ele recolheu as tábuas em cujas escrituras estavam a
orientação e a misericórdia para os que temem ao seu Senhor.
155.Então Moisés selecionou
setenta homens, dentre seu povo, para que comparecessem ao lugar por Nós
designado; e quando o tremor se apossou deles, disse: Ó Senhor meu,
quisesses Tu, tê-los-ias exterminado antes, juntamente comigo!
Porventura nos exterminarias pelo que cometeram os néscios dentre nós?
Isto não é mais do que uma prova Tua, com a qual desvias quem faz isso,
e encaminhas quem Te apraz; Tu és nosso Protetor. Perdoa-nos e apieda-Te
de nós, porque Tu és o mais equânime dos indulgentes!
156.Concede-nos uma graça, tanto
neste mundo como no outro, porque a Ti nos voltamos contritos. Disse:
Com Meu castigo açoito quem quero e Minha clemência abrange tudo, e a
concederei aos tementes (a Deus) que pagam o zakat, e crêem nos Nossos
versículos.
157.São aqueles que seguem o
Mensageiro, o Profeta iletrado, o qual encontram mencionado em sua Tora
e no Evangelho, o qual lhes recomenda o bem e que proíbe o ilícito,
prescreve-lhes todo o bem e vedalhes o imundo, alivia-os dos seus fardos
e livra-os dos grilhões que o deprimem. Aqueles que nele creram,
honraram-no, defenderam-no e seguiram a Luz que com ele foi enviada, são
os bem-aventurados.
158.Dize: Ó humanos, sou o
Mensageiro de Deus, para todos vós; Seu é o reino dos céus e da terra.
Não há mais divindades além d'Ele. Ele é Quem dá a vida e a morte!
Crede, pois, em Deus e em Seu Mensageiro, o Profeta iletrado, que crê em
Deus e nas Suas palavras; segui-o, para que vos encaminheis.
159.Entre o povo de Moisés existe
uma comunidade que se rege pela verdade, com a qual julga.
160.Havíamo-los dividido em doze
tribos, formando nações; e, quando o povo sedento pediu a Moisés e que
beber, inspiramo-los: Golpeia a rocha com o teu cajado! E, de pronto,
britaram dela doze mananciais, e cada tribo reconheceu o seu. Logo, os
sombreamos com cúmulos e lhes enviamos o maná e as codornizes,
dizendo-lhes: comei de todo o bem com que vos temos agraciado. Porém,
(desagradeceram e com isso) não Nos prejudicaram; outrossim,
condenaram-se a si mesmos.
161.Recorda-te de quando lhes foi
dito: Habitai esta cidade e comei do que for de vosso agrado, e dizei:
Remissão! E entrai pela porta, prostrando-vos; então, perdoaremos os
vossos pecados e aumentaremos (a porção) dos benfeitores.
162.Porém, os iníquos dentre eles
permutaram a Palavra por outra que não lhes havia sido dita. Por isso,
desencadeamos sobre eles um castigo do céu, por sua iniqüidade.
163.Interroga-os a respeito da
cidade próxima ao mar, de como os seus habitantes profanavam o sábado,
pescando; de como, quando profanavam o sábado, os peixes apareciam à
flor d'água; em troca, não lhes apareciam nos dias que não eram sábado.
Assim os pusemos à prova, por sua transgressão.
164.Recorda-te de quando um grupo
deles disse: Por que exortais um povo que Deus exterminará ou
atormentará severamente? Outro grupo disse: Fazemo-lo para que tenhamos
uma desculpa ante o vosso Senhor; quem sabe O temerão (depois disso!)
165.Mas quando se esqueceram de
toda a exortação, salvamos aqueles que pregavam contra o mal, e
infligimos os iníquos um severo castigo, por sua transgressão.
166.E quando, ensoberbecidos,
profanaram o que lhes havia sido vedado, dissemos-lhes: Sede símios
desprezíveis!
167.E de quando teu Senhor
declarou que enviaria contra eles (os judeus) alguém que lhes infligiria
o pior castigo, até ao Dia da Ressurreição; em verdade, o teu Senhor é
destro no castigo assim como é Indulgente, Misericordiosíssimo.
168.Separamo-los em grupos pela
terra; entre eles há aqueles que são justos e há aqueles que não o são;
pusemo-los à prova, com prosperidade e adversidade, com o fim de que se
convertessem.
169.Sucedeu-lhes uma geração que
herdou o Livro, a qual escolheu as futilidades deste mundo, dizendo:
Isto nos será perdoado! E se lhes fosse oferecido outro igual, tê-lo-iam
recebido (e transgredido novamente). Acaso, não lhes havia sido imposta
a obrigação, estipulada no Livro, de não dizer de Deus mais que a
verdade? Não obstante, haviam estudado nele! Sabei que a morada da outra
vida é preferível, para os tementes. Não raciocinais?
170.Quanto àqueles que se apegam
ao Livro e observam a oração, saibam que não frustraremos a recompensa
dos conciliadores.
171.E (recorda-te) de quando
arrancamos o monte (Sinai), elevando-o sobre eles como se fosse um teto!
Creram que lhes fosse desmoronar em cima, e então lhes dissemos:
Observai fervorosamente o que vos temos concedido e recordai o seu
conteúdo, para que Me temais.
172.E de quando o teu Senhor
extraiu das entranhas do filhos de Adão os seus descendentes e os fez
testemunhar contra si próprios, dizendo: Não é verdade que sou o vosso
Senhor? Disseram: Sim! Testemunhamo-lo! Fizemos isto com o fim de que no
Dia da Ressurreição não dissésseis: Não estávamos cientes.
173.Ou não dissésseis:
Anteriormente nossos pais idolatravam, e nós, sua descendência,
seguimo-los. Exterminar-nos-ias, acaso pelo que cometeram frívolos?
174.Assim elucidamos os
versículos, a fim de que desistam.
175.Repete-lhes (ó Mensageiro) a
história daquele ao qual agraciamos com os Nossos versículos e que os
desdenhou; assim, Satanás o seguiu e ele se contou entre os seduzidos.
176.Mas, se quiséssemos,
tê-lo-íamos dignificado; porém, ele se inclinou para o mundo e se
entregou à sua luxúria. O seu exemplo é semelhante ao do cão que, se o
acossas, arqueja; se o deixas, assim mesmo arqueja. Tal é o exemplo
daqueles que desmentem os Nossos versículos. Refere-lhes estes relatos,
a fim de que meditem.
177.Que péssimo é o exemplo
daqueles que desmentem os Nossos versículos! Em verdade, com isso se
condenam.
178.Quem Deus encaminhar estará
bem encaminhado; aqueles que desencaminhar serão desventurados.
179.Temos criado para o inferno
numerosos gênios e humanos com corações com os quais não compreendem,
olhos com os quais não vêem, e ouvidos com os quais não ouvem. São como
as bestas, quiçá pior, porque são displicentes.
180.Os mais sublimes atributos
pertencem a Deus; invocai-O, pois, e evitai aqueles que profanam os Seus
atributos, porque serão castigados pelo que tiverem cometido.
181.Entre os povos que temos
criado, há um que se rege pela verdade, e com ela julga.
182.Quanto àqueles que desmentem
os Nossos versículos, apresentar-lhes-emos gradativamente, o castigo, de
modo que não o percebam.
183.E lhes concederemos folgança,
porque o Meu plano é firme.
184.Não refletem no fato de que
seu companheiro não padece de demência alguma? Que não é mais do que um
elucidativo admoestador?
185.Não reparam no reino dos céus
e da terra e em tudo quando Deus criou e em que, quiçá, seu fim se
aproxima? E que mensagem, depois desta (Alcorão), crerão?
186.Aqueles a quem Deus desviar
(por tal merecerem) ninguém poderá encaminhar, porque Ele os abandonará,
vacilantes, em sua transgressão.
187.Perguntar-te-ão acerca da
Hora (do Desfecho): Quando acontecerá? Responde-lhes: Seu conhecimento
está só em poder do meu Senhor e ninguém, a não ser Ele, pode revelá-lo;
(isso) a seu devido tempo. Pesada será, nos céus e na terra, e virá
inesperadamente. Perguntar-te-ão, como se tu tivesses pesquisado sobre
ela (a Hora do Desfecho). Responde-lhes: Seu conhecimento só está em
poder de Deus; porém, a maioria das pessoas o ignora.
188.Dize: Eu mesmo não posso
lograr, para mim, mais benefício nem mais prejuízo do que o que for da
vontade de Deus. E se estivesse de posse do incognoscível,
aproveitar-me-ia de muitos bens, e o infortúnio jamais me açoitaria.
Porém, não sou mais do que um admoestador e alvissareiro para os
crentes.
189.Ele foi Quem vos criou de um
só ser e, do mesmo, plasmou a sua companheira, para que ele convivesse
com ela e, quando se uniu a ela (Eva), injetou-lhe uma leve carga que
nela permaneceu; mas quando se sentiu pesada, ambos invocaram Deus, seu
Senhor: Se nos agraciares com uma digna prole, contar-nos-emos entre os
agradecidos.
190.Mas quando Ele os agraciou
com uma prole digna, atribuíram-Lhe parceiros, no que lhes havia
concedido. Exaltado seja Deus de tudo quanto Lhe atribuíram!
191.Atribuíram-Lhe parceiros que
nada podem criar, uma vez que eles mesmo são criados.
192.Nem tampouco poderão
socorrê-los, nem poderão socorrer a si mesmos.
193.Se os convocardes para a
Orientação, não vos ouvirão, pois tanto se lhes dará se os convocardes
ou permanecerdes mudos.
194.Aqueles que invocais em vez
de Deus são servos, como vós. Suplicai-lhes, pois, que vos atendam, se
estiverdes certos!
195.Têm, acaso pés para andar,
mão para castigar, olhos para ver, ou ouvidos para ouvir? Dize: Invocai
vossos parceiros, conspirai contra mim e não me concedais folgança!
196.Meu protetor é Deus, que (me)
revelou o Livro, e é Ele Quem ampara os virtuosos.
197.Aqueles que invocais além
d'Ele não podem socorrer-vos, nem socorrer a si mesmos.
198.Se os convocardes para a
Orientação, não vos ouvirão; e tu (ó Mensageiro) verás que olham para
ti, embora não te vejam.
199.Conserva-te indulgente,
encomenda o bem e foge dos insipientes.
200.E quando alguma tentação de
Satanás te assediar, ampara-te em Deus, porque Ele é Oniouvinte,
Sapientíssimo.
201.Quanto aos tementes, quando
alguma tentação satânica os acossa, recordam-se de Deus; ei-los
iluminados.
202.Quanto aos irmãos (malignos)
arremessam-nos mais e mais no erro, e dele não se retraem.
203.E se não lhes apresentas um
sinal, dizem-te: Porque não o inventas? Dize: Eu não faço mais do que
seguir o que me revela o meu Senhor. Este (Alcorão) encerra
discernimentos do vosso Senhor e é, por isso, orientação e misericórdia
para os que crêem.
204.E quando for lido o Alcorão,
escutai-o e calai, para que sejais compadecidos.
205.E recorda-te do teu Senhor
intimamente, com humildade e temor, sem manifestação de palavras, ao
amanhecer e ao entardecer, e não sejas um dos tantos negligentes.
206.Porque aqueles que estão
próximos do teu Senhor não se ensoberbecem em adorá-Lo, e O glorificam,
prostrando-se ante Ele. |